segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Caos na limpeza pública da capital


Adeli Sell cobra explicações do DMLU 

O vereador Adeli Sell (PT/Porto Alegre) cobra do prefeito José Fortunati a falta de resposta ao Pedido de Informações encaminhado há mais de um mês acerca de contratos de serviços firmados com empresas terceirizados pelo DMLU.
Adeli relata que foi procurado por funcionários do DMLU e das empresas terceirizados, os quais denunciaram que estas empresas não cumprem nem metade das horas acordadas contratualmente para realização do serviço. O resultado pode ser visto nas ruas, onde um número insuficiente de funcionários é obrigado a executar o serviço de “correria” jogando os sacos de lixo em caminhões em movimento, deixando pelo caminho um rastro de lixo que escapa de suas mãos e que a cobrança de rapidez impede recolher. Apesar de reiterados protestos de cidadãos da cidade, bem como dos funcionários obrigados a trabalhar em condições desumanas, não há qualquer fiscalização por parte dos órgãos responsáveis da prefeitura.
“Neste final de semana, a rua Riachuelo e a praça da Matriz foram tristes exemplos deste serviço feito pela metade. O cheiro de lixo era tão forte que, apesar do calor, muitos moradores das redondezas tiveram que manter suas janelas fechadas buscando minimizar a situação”, disse o vereador, ele próprio residente na área central da cidade.
Adeli decidiu tornar públicas as denúncias, visto não haver obtido resposta através dos canais previstos entre o Legislativo e o Executivo. “Só me resta cobrar publicamente do prefeito uma atitude responsável frente ao verdadeiro caos em que a cidade se transformou, com restos de lixo apodrecendo nas ruas, infestando a cidade de mau-cheiro e fomentando a proliferação de insetos e roedores, uma verdadeira ameaça à saúde pública”. (Por: Lucia Jahn, da Assessoria de Imprensa do Gabinete do ver. Adeli Sell) 

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Artigo: Tragédia anunciada em Porto Alegre 


Ela fica entre Porto Alegre e Viamão. Na ponta do Parque Saint Hilaire. Se estourar leva toda a Vila dos Herdeiros, na Lomba do Pinheiro, embora. Com algumas enxurradas ali já se foi um pontilhão, foram também algumas casas. Os entulhos ainda estão lá jogados para comprovar. Fotos do passado e do presente não mentem.

Algumas famílias foram retiradas, estão recebendo aluguel social, na espera por uma casa num local seguro. Outras continuam lá à mercê do perigo. Em dias de pouca chuva não passa de um valão esse córrego que, se receber chuvas torrenciais, se tornará violento e não haverá margens para segurar não só a água, que
virá cruel e furiosa, mas toneladas de aguapés e assemelhados.

Como em toda a região em que o lixo ou não é retirado ou não tem educação ambiental, os espaços com sujeira, lixo e entulhos são enormes. Não bastasse esta situação, há plantas exóticas, como três eucaliptos que estão prestes a desabar e matar pessoas.

Ali moram seres humanos. Trabalhadores (as) que vivem o medo toda vez que uma nuvem escura aparece no céu. Sofrem não apenas com a possibilidade das catástrofe naturais. Vivem, também, outras tragédias, como a do mosquito da dengue, ratazanas, toda sorte de peçonhentos, além do fedor insuportável em dias de sol quente, como são os verões em Porto Alegre.

Ali moram seres humanos como aquelas centenas de pessoas que morreram no Rio de Janeiro. Estes que estão ali não moram nestas condiões porque gostam de sofrer. São cidadãos vítimas da falta de governo.

Nossos gestores públicos não tomam nenhuma atitude para transferir estas pessoas para um lugar seguro. São os governantes os maiores culpados por tudo isto.

Esta vila a que me refiro não é de agora. Existe há muitos anos. E o perigo também.

Uma represa de 60 anos, localizada nas imediações, tomada de vegetação e toneladas de aguapés, com uma chuvarada poderá se romper e a tragédia, anunciada, ceifará vidas, como ocorreu recentemnete na região serrana do Rio.

Este cenário poderá ser evitado em Porto Alegre com uma ação rápida, eficaz e ousada da Prefeitura.

Minha parte está sendo feita, mobilizando o povo para mostrar tudo isto e falar com o senhor prefeito.

Eu amo a minha vida como amo a de meus irmãos.

Falei e disse.  E direi mais se for necessário! (Adeli Sell)
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Porto Alegre Já Foi  Melhor

Lixo espalhado pelas ruas, focos e monturos de sujeira nas esquinas, praças tomadas com matagal e abandonadas nas mãos de traficantes, calçadas quebradas, monumentos pichados, ruas esburacadas, ônibus atrasados e lotados em pleno período de férias e, pior de tudo, áreas de risco na iminência de serem levadas por alguma enxurrada.

      Pior sim, porque a maioria do povo não vê, quando vê não observa, pensando que nada vai lhe acontecer. Sim, aqui talvez nenhuma mansão venha abaixo com chuvas, mas a casa de sua empregada pode, do porteiro, do segurança também. São centenas e centenas de pessoas que vivem em áreas de risco em Porto Alegre sem que o poder público tenha uma efetiva política de remoção e realocação destas pessoas.
Urge a Prefeitura determinar um espaço para que, através da política da Minha Casa, Minha Vida, haja um plano específico para as áreas de risco.

      Já disse da Tribuna da Câmara que uma tragédia se anuncia na Vila dos Herdeiros, onde a barragem da Lomba do Sabão, existente há 60 anos, pode estourar com facilidade, pois nunca recebeu restauros ou cuidados maiores e porque o seu leito está tomado de uma erva que muitos chamam de marrequinhas que, por seu volume, são levadas pelas águas das chuvas, detonando com o volume e força tudo o que houver pela frente. Foi assim há algum tempo com o pontilhão ali existente, com algumas casas que foram arrasadas, tanto que nove famílias foram removidas, mas muitas famílias praticamente moram em cima do valão que ali esgota a água da barragem. O local está tomada dessas ervas mortas que trancam a passagem de águas, o lixo vai se juntando e acumulando, anunciando a tragédia.

      Não é um caso isolado. Nas áreas públicas da FASC temos duas áreas de risco. Na Vila Silva Paes uma pedra maior do que um casa ameaça levar pela frente mais de uma dezena de casas. Na Glória, nas últimas chuvas houve desmoronamentos e pavor na comunidade.

     Recebi contatos de outras comunidades como na Vila Pinto, Partenon, Vila Nova etc. Tenho percorrido estes lugares, fotografando, pois fotos não mentem, montando dossiês de cada local, mostrando à Prefeitura e aos gestores de plantão os riscos que estamos sofrendo na cidade.

     Insisto em algo grave, porém menos grave; que tem importância, apesar do desdém do poder publico local: lixo espalhado pelas ruas, focos e monturos de sujeira nas esquinas, praças tomadas com matagal e abandonadas nas mãos de traficantes, calçadas quebradas, monumentos pichados, ruas esburacadas, ônibus atrasados e lotados em pleno período de férias. (Adeli Sell)

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